Força Pessoal e Crescimento Pessoal

2024-02-29

Introspecção

Ao longo dos anos, tenho me perguntado por que sempre me senti tão atraído por atividades físicas. Sempre detestei ficar em ambientes fechados a maior parte do dia e, no passado, optei por trabalhar como mecânico de aeronaves em condições climáticas extremas, com trabalho físico extenuante, em vez de ficar sentado em uma baia de escritório. Sinto fortemente que a falta de movimento constante durante o dia afeta bastante meu estado mental. Será que isso se deve apenas a um interesse pessoal, ou existe uma razão mais profunda e intuitiva para eu escolher esse estilo de vida?

Suponho que seja porque meu corpo sempre serviu como uma âncora, um meio de promover o equilíbrio entre minha mente e o mundo. Além da alegria das atividades físicas, percebi que me sinto atraído por atividades que exigem maior atenção, foco e controle. Seja mergulho com tubarões, paraquedismo, crossfit, ioga, escalada ou competição de jiu-jitsu , etc., sempre abracei desafios que envolvem um alto senso de risco, o que muitas vezes considero um passo crucial para o autoconhecimento. Como posso realmente conhecer meus limites se não os desafiar constantemente?

Sinto que existe uma linha tênue onde o medo e a excelência se entrelaçam. É nesse ponto que preciso controlar a sensação de desconforto, onde preciso estar extremamente concentrado e totalmente imerso no que estou fazendo para ter o melhor desempenho — ou então acabo sendo finalizado (no jiu-jitsu) ou levando um tombo feio na escalada ou no esqui. Sempre busquei desafios maiores, para dissipar a ilusão de segurança absoluta que nos envolve socialmente.

Pergunto-me constantemente: Do que sou realmente capaz?

Noções ultrapassadas

Embora minha intuição me impulsione em direção a um potencial ilimitado, ainda existe uma vozinha que expressa dúvidas e medos, nascidos puramente da exploração do desconhecido. Essa voz só pode pertencer à minha versão antiga, a versão ultrapassada que não enfrentou nenhum desafio que eu mesma me propus. Não é que eu ignore completamente essa voz, pois tomo decisões conscientes que encontram equilíbrio entre risco e recompensa; é mais que me recuso a operar a tecnologia mais avançada conhecida no universo (o corpo humano) com base em noções ultrapassadas sobre o que sou capaz de fazer.

Gostaria de compartilhar com vocês uma bela citação do filósofo Alan Watts:

Desfazendo-se do Eu do Passado

Na vida, todos navegamos por águas desconhecidas, por isso lembre-se de que a dúvida muitas vezes se manifesta como uma voz perturbadora — um resquício da versão ultrapassada de nós mesmos. Ela se alimenta de nossos fracassos passados ​​e desafios não superados, projetando uma sombra sobre o potencial ilimitado que se estende à nossa frente.

Reconheça que a voz da dúvida pertence a um eu ultrapassado. É uma voz que não sentiu a vitória diante dos desafios, e seus ecos servem como um lembrete de que o crescimento pessoal exige que nos desvencilhemos do passado.