A natureza é minha mestra — abundante e ilimitada em sua Criação, sem pedir desculpas por isso. Ela não se encolhe com medo de ter demais, nem hesita diante da plenitude de sua expressão. Ela evoca uma flor das profundezas da Terra, pinta suas pétalas com uma vivacidade que nos lembra que a beleza vale a pena, e então a deixa murchar sem pesar — porque a Vida se renova constantemente, dá sempre, jamais retém nada.
A natureza não pede permissão para prosperar. A floresta não raciona seu crescimento, o oceano não mede suas marés, as estrelas não diminuem seu brilho em nome da moderação. Somente o ego humano teme o excesso, tecendo suas ilusões de controle, mascarando seu desequilíbrio como sabedoria. Ele tenta reduzi-la ao seu nível, às suas próprias deficiências — como se pudesse reduzi-la a créditos de carbono, como se pudesse governá-la.
O ego fala de sustentabilidade quando desconhece os princípios naturais, a matéria orgânica, seus fundamentos — fala como se tivesse domínio sobre a Natureza, como se ela não tivesse o poder de apagá-la por completo com um único sopro. Esquece-se de que ela é a fonte, o poder, o princípio e o fim.
Enraizada na retórica niilista, professa uma rejeição à materialidade, defendendo a simplicidade como o único caminho para a harmonia. O mantra "menos é mais" é pregado, mas suas ações revelam sua verdadeira natureza. Entrega-se a coisas supérfluas, acumulando bugigangas de baixo valor e excessos, agarrando-se desesperadamente a confortos passageiros, como se não houvesse amanhã. Seu apego ao trivial e inconsequente não fala de verdadeira harmonia, mas de uma profunda dissonância interna — um medo da abundância, um medo do potencial ilimitado da Vida. Cega-se à profunda inteligência da Natureza, presa em um ciclo de gestos superficiais e promessas vazias, incapaz de reconhecer a infinita riqueza que a cerca.

Não consigo acreditar em escassez quando vivo no Brasil e vejo a abundância natural crescendo a cada dia, em todos os lugares."
– VALERIA LIE ALONSO
A natureza se move em ritmos que transcendem a compreensão humana — ciclos de Criação e decadência, de expansão e renovação, cada um entrelaçado na própria trama da Vida. Não há desperdício em seu desígnio, nenhum excesso que não retorne, nenhuma morte que não semeie novos começos. Ela não se apega ao que já cumpriu seu ciclo, nem teme a quietude que precede o próximo florescimento. O rio não lamenta a chuva, sabendo que ela retornará. A floresta não chora suas folhas caídas, pois elas alimentam as raízes do que está por vir.
No entanto, a humanidade, perdida em sua própria dissonância, reduz sua vasta inteligência a um grito superficial — mudança climática — para se conceder uma falsa sensação de importância. Um oximoro de teatro político, um jogo de culpa e controle, como se os ventos mutáveis obedecessem às suas políticas, como se o magnetismo da Terra pudesse ser subjugado por lei. Falam de crise sem admitir que são o desequilíbrio, mascarando sua própria desordem em favor da dela — culpando, restringindo e subjugando os outros enquanto se esquivam da responsabilidade por si mesmos.
Assim, em seu frenesi para impor limites à humanidade, os mestres da política sobrevoam tudo em seus próprios jatos, reunindo-se para discursar em convenções sobre mudanças climáticas. Em seus salões de hipocrisia, ressoa uma retórica vazia, uma farsa disfarçada de urgência. Eles denunciam a fúria da Natureza enquanto ignoram os incêndios provocados pelo homem que devastam a terra, as mãos de incendiários e engenheiros geológicos (e sociais) nefastos convenientemente apagadas da narrativa. Poluição, corrupção, absolvidas. Enquanto isso, as massas, hipnotizadas pelo brilho bruxuleante de seus espelhos negros, regurgitam a propaganda que lhes é imposta, confundindo repetição com verdade. Contudo, a verdadeira crise — a ruptura com a inteligência da Natureza, a ignorância da plenitude da Vida — permanece silenciosa, obscurecida pelas próprias vozes que se dizem líderes.

Desconectados da alma, da terra, do Sol, eles se sintonizam com o espelho negro, a televisão, propagando uma realidade artificial que se alimenta do ego, lucrando com narrativas de desgraça, medo, guerra e escassez — uma ilusão perpetuada por uma dicotomia de relativismo moral, um jogo de oposições controladas que alimenta a separação sem jamais tocar o âmago ou a raiz. Uma indulgência passiva, pois é mais fácil se entreter do que despertar, mais fácil consumir do que criar, mais fácil se acomodar do que ascender. Tudo alimentado pelo conforto de suas próprias inadequações e limitações, um refúgio da responsabilidade da transformação.
Por mais difundidas ou consideradas avançadas que sejam, as injeções jamais trarão vitalidade. Pelo contrário, corroem a integridade em sua essência, rompendo a coerência natural entre corpo, mente e espírito. Não se pode negligenciar a saúde durante todo o ano — envenenando o corpo com alimentos artificiais, hábitos sedentários e pensamentos dissonantes — e esperar que uma intervenção artificial com substâncias nocivas proporcione o que somente uma vida de equilíbrio holístico pode sustentar. A verdadeira vitalidade e integridade sempre se refletem na própria essência.
O mundo materialista tenta disfarçar a verdadeira virtude com uma falsa retidão, exigindo conformidade por meio de imposições, coerção e propaganda, apresentando uma fachada superficial de "bem maior" através de medidas como máscaras e vacinas. Isso não é saúde, mas corrupção, uma distração das verdades mais profundas da existência. A ilusão é poderosa, mas se olharmos além da superfície, veremos que a verdadeira saúde não surge do controle externo, mas da profunda coerência entre corpo, mente e espírito ao longo da vida.
A vitalidade é cultivada de dentro para fora, através do alinhamento com o fluxo natural dos ciclos eternos da Vida, e não pela adesão a dogmas impostos externamente. Não existem regras rígidas, nem um único caminho, pois a própria Vida é uma força fluida — sempre em transformação, sempre criando, sempre renascendo das cinzas. Esta é a sabedoria do espírito, onde a saúde é um desdobramento orgânico, enraizado na coerência guiada pelo coração. É o caminho alquímico da Ascensão, e não pode ser imposto; deve ser despertado de dentro para fora.